Estudo tem como base a Pesquisa Nacional de Saúde de 2013
O mês de outubro é um período dedicado à saúde da mulher em todo o país. Em Sergipe não seria diferente, e pensando nisso, o Observatório de Sergipe, instituição vinculada à Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag), divulgou nesta sexta-feira, 02, dados referentes a Pesquisa Nacional de Saúde referente ao ano de 2013, e traz algumas boas notícias sobre índices de exames voltados para a saúde da mulher.{gallery}Saudedamulher{/gallery}
De acordo com o levantamento Sergipe apresentou a segunda melhor taxa de mulheres de 50 a 69 anos que realizaram a mamografia nos dois últimos anos anteriores à pesquisa, com 52,1%, ficando abaixo apenas da Bahia com 57,9%. Em relação aos demais estados da região Nordeste, Sergipe foi o que apresentou menores resultados entre as que nunca fizeram o exame.
“O câncer de mama é uma das primeiras causas de morte entre as mulheres. Estudos indicam que é possível reduzir o risco desse câncer com mudanças de hábitos, como redução do tabagismo, álcool, sedentarismo e obesidade. A mamografia permite a detecção precoce desse tipo de câncer, ao mostrar lesões em fase inicial, por isso, estudos como esse são tão importantes, pois alertam as mulheres para a necessidade de avançarmos ainda mais nesses índices”, destaco o coordenador do Observatório, Ciro Brasil.
Outro dado que foi detectado entre as sergipanas, diz respeito ao exame de prevenção do câncer de colo de útero. De acordo com o levantamento, esse preventivo foi realizado por 69,7% das mulheres sergipanas. “Os índices mostram ainda que as que obtiveram maior proporção na realização do exame foram as que possuem o nível médio, em 74,8% dos casos e nível fundamental, em 71,0%. Dentre aquelas que não têm instrução e as de nível superior, as taxas caíram para, 66,8% e 66,5%, respectivamente”, completa Brasil.
Outros dados
A pesquisa traz ainda informações sobre o uso de contraceptivos e o número de abortos espontâneos registrados no Estado. De acordo com o estudo, 50% da mulheres sergipanas fazem o uso de contraceptivos para evitar a gravidez e que as menos instruídas são as que engravidam mais cedo.
Com relação a números sobre aborto a pesquisa detectou que no Brasil, o percentual de mulheres que já tiveram algum aborto provocado é de 2,1%, sendo a maior taxa registrada no Nordeste (3%) e a menor na Região Sul (1%). A Pesquisa Nacional de Saúde destaca também que , em Sergipe, 15,8% das mulheres já tiveram algum aborto espontâneo, ficando pouco acima da média nacional, que é de 15,2%, e abaixo da média do Nordeste, que é de 17,8%.
Observa-se, ainda que o percentual de mulheres que sofreu aborto espontâneo foi bem maior entre aquelas sem instrução e fundamental incompleto, atingindo 22,1%. “Este percentual vai diminuindo à medida que o nível de instrução vai aumentando, chegando a atingir 6,3%, entre as mulheres com ensino superior completo. No que diz respeito à cor/raça, as mulheres de cor negra sofreram mais aborto espontâneo (20,5%), do que as pardas (16%) e as brancas (13,8%)”, finaliza Ciro Brasil.
Pesquisa Nacional de Saúde
A PNS é realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Ministério da Saúde e divulga a cada dois anos, dados significativos sobre a saúde da população brasileira. Desde o final de 2014, o IBGE vem, paulatinamente, liberando dados da pesquisa realizada em 2013. Estes dados têm ensejado várias Notas Técnicas do Observatório de Sergipe acerca das condições de saúde da população de nosso estado.
Confira a pesquisa completa aqui.