Observatório de Sergipe divulga duas novas publicações

9 de dezembro de 2019 - 17:16

Foco dos trabalhos é o mercado de trabalho em Sergipe 

imageO Observatório de Sergipe, instituição do Governo vinculada à Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag), divulga nesta semana duas novas importantes publicações sobre o mercado de trabalho no Estado: o Radar do Emprego do mês de julho e o Boletim da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (PNAD) Contínua para o segundo trimestre do ano.

De acordo com o coordenador do Observatório de Sergipe, Ciro Brasil, ambas as pesquisas são muito importantes, pois mesmo trazendo dados sobre o mesmo tema, eles são abordados de formas distintas. “No Radar trazemos apenas dados do mercado formal de trabalho via carteira assinada – admissões e demissões. Já a PNAD conseguimos contemplar todos os trabalhos, formal e informal, por pesquisa de amostra”, explica.

Segundo analisa o Radar, a crise econômica nacional continua repercutindo no mercado de trabalho formal de Sergipe. Em julho, o número de demissões superou o de admissões, resultando num saldo negativo de 1.082 postos de trabalho. Dos três grandes setores de atividade econômica, apenas a agropecuária evidenciou desempenho positivo, o setor de serviços foi o maior responsável pela taxa de desemprego no mês.

Entre as cidades que concentraram as maiores perdas no estoque de carteiras assinadas estão Aracaju e Nossa Senhora do Socorro, os maiores centros geradores de empregos do Estado. Ciro aponta que a retração no mercado de trabalho formal sergipano foi puxada, principalmente, pela indústria de transformação e comércio, sobretudo o varejista (-354 vagas). “No caso da indústria de transformação, a retração foi maior na indústria de material elétrico e de comunicações, com 106 vagas a menos. O melhor desempenho ficou com a indústria de calçados que teve um acréscimo de 61 vagas”, completa.

PNAD Contínua

De acordo com dados  da PNAD Contínua, a taxa de desemprego em Sergipe, no 2º trimestre de 2015, ficou em 9,1%, superando a média brasileira de 8,3%, mas ficando abaixo da nordestina que foi de 10,3%. Comparada com o trimestre anterior, quando foi de 8,6%, houve um acréscimo de 0,5 pontos percentuais, e com igual período do ano passado, houve um decréscimo de -0,5 pontos. O estudo, divulgado no dia 25 de agosto pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, leva em conta dados de 211.344 domicílios particulares permanentes, distribuídos em cerca de 3.500 municípios brasileiros.

 A pesquisa destaca ainda alguns pontos positivos, mesmo que tímidos. Os dados levantados pelo Observatório de Sergipe mostram que a população desocupada no Estado chegou a 94 mil no 2º trimestre deste ano, apresentando um aumento de 4,4% na comparação com o trimestre anterior (90 mil pessoas), e uma diminuição de 2,1% frente a igual período do ano passado (96 mil pessoas). De acordo com os dados coletados, a população sergipana ocupada, no 2º trimestre de 2015, chegou a 948 mil, apresentando uma queda de 1,0% na comparação com o trimestre anterior (958 mil), mas um acréscimo de 4,1% frente ao mesmo trimestre do ano passado (911 mil).

O nível de ocupação, dado que mede a parcela da população com trabalho em relação à população em idade de trabalhar, atingiu 53,6% no 2º trimestre deste anoVale destacar ainda que a Pesquisa apontou que, no 2º trimestre de 2015, 73,3% dos empregados no setor privado tinham carteira de trabalho assinada, apresentando aumento de 4,6 pontos percentuais em relação ao mesmo trimestre de 2014 (68,7%). Entre os trabalhadores domésticos, a pesquisa mostrou que 25% tinham carteira de trabalho assinada no 2º trimestre de 2015, enquanto no mesmo trimestre do ano passado, eram 23%

Os trabalhos podem ser visualizados aqui.